Caros amigos e leitores, criei um novo blog para editar textos meus e divulgar os meus livros.
agradeço a vossa visita a:
www.joseilidiotorres.blogspot.com
Um abraço
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Site da temas Originais
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Programa da Feira do Livro de Arcos de Valdevez
DIA 22 (Quarta)
- 21h00: Abertura da XIX Feira do Livro
- 21h45: Apresentação do livro “Diário de Maria Cura”, da autoria de José Ilídio Torres.
- 22h30: Música: “4:15”.
Projecto arcuense de quatro elementos, evoluído a partir dos anteriores “In Repair”. Oportunidade para escutar o novo alinhamento sonoro, essencialmente com originais em português.
DIA 23 (Quinta)
- 15h00: Abertura
- 15h30-18h00; 21h30-23h00: Animação da Leitura: “Cantinho da Pequenada”.
Sessões de descoberta da leitura para crianças, dos 3 aos 12 anos, orientadas pela animadora Carla Marciana e pelo actor Nuno Pinto.
- 21h45: Apresentação do livro “Os Morros de Nóqui”, da autoria de Cláudio Lima.
- 22h30: Música: “SNR”.
Grupo originário de Arcos de Valdevez e que inclui músicos de diferentes sensibilidades e projectos. Apresentam neste espectáculo novos temas e uma formação base actualizada.
DIA 24 (Sexta)
- 15h00: Abertura
- 15h30-18h00; 21h30-23h00: Animação da Leitura: “Cantinho da Pequenada”.
- 21h45: Apresentação do livro “O Mosteiro e a Igreja de Ermelo- Património Cisterciense esquecido no Tempo”, da autoria de António Braz.
- 22h30: Música: “Pólen”.
Os Pólen nasceram há 5 anos em Gaia, fruto de uma lei emocional e não de mercado. Aliando uma sonoridade tradicional ao pop e jazz, o projecto é liderado e vocalizado por Hélder Reis, apresentador do programa da RTP1 “Praça da Alegria”.
.
DIA 25 (Sábado)
- 15h00: Abertura
- 15h30-18h00; 21h30-23h00: Animação da Leitura: “Cantinho da Pequenada”.
- 21h45: Apresentação do livro “Palavras de Avó”, da autoria de Maria Albertina Fernandes e ilustrações de Pinheiro.
- 22h30: Música: Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM) com a participação do DJ/Sonoplasta João Santos.
Um projecto inovador e de elevada qualidade que funde, de forma original, sonoridades clássicas e tradicionais com sons electrónicos, produzindo uma notável performance que alcançou já uma reconhecida notoriedade e aclamação.
DIA 26 (Domingo)
- 15h00: Abertura
- 15h30-18h00; 21h30-23h00: Animação da Leitura: “Cantinho da Pequenada”.
- 16h00: Apresentação do livro “Vasco das Forças”, da autoria de Maria João Saraiva de Menezes e ilustrações de Carlota Saraiva de Menezes.
- 21h45: Dança: Apresentação das diferentes classes do Studio 601, com coordenação de Cândido e Eliana Rodrigues.
- 23h00: Música: “A Arte das Musas”.
Com origens no Alto-Minho, este projecto musical recria, em torno do violino, viola de arco, violoncelo e voz, um repertório variado, assente em temas clássicos, eruditos, blues e jazz.
- 24h00: Encerramento da XIX Feira do Livro.
domingo, 12 de julho de 2009
«Diário de Maria Cura» nas Feiras do Livro e Arcos de Valdevez e Viana do Castelo
Arcos de Valdevez - Dia 22 de Julho às 21,45
Com os meus convidados: Armindo Cerqueira (recitador) e Ilda Gomes (cantora)
Viana do Castelo - Dia 24 de Julho, às 18 horas
Com: Bernardete Costa (escritora) e Flávio Lopes (músico)
Apareçam.
Um abraço
Com os meus convidados: Armindo Cerqueira (recitador) e Ilda Gomes (cantora)
Viana do Castelo - Dia 24 de Julho, às 18 horas
Com: Bernardete Costa (escritora) e Flávio Lopes (músico)
Apareçam.
Um abraço
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Apresentação na Feira do Livro de Barcelos
No passado dia 10, na Feira do Livro de Barcelos, foi apresentado o meu último livro: "Diário de Maria Cura".
Agradeço ao escritor Xavier Zarco a apresentação que fez, representando simultaneamente a editora.
Também à Câmara Municipal de Barcelos e Biblioteca Municipal, na pessoa do Doutor Victor Pinho.
Um abraço a todos os que estiveram comigo apesar do dia de chuva que se fez sentir.
Até breve.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Apresentação em Lisboa de «Diário de Maria Cura»
Da esquerda para a direita: Lurdes, Magda, Vera Silva, José Torres e Xavier Zarco
José Torres sonha com o dia em que poderá viver apenas da escrita. Começou a escrever cedo, na escola reconheciam-lhe, nas redacções, a sua capacidade imaginativa. Aos quinze anos escreveu o seu primeiro conto – Aquarius – onde abordava o tema do aborto. Perdeu-se este conto algures nas gavetas do tempo, como tantos outros trabalhos, em prosa ou em poesia que escreveu ao longo da sua vida.
A esse propósito, trazemos aqui um poema que José Torres publicou em 2007, dedicado aos poemas perdidos
Na memória do que esqueci
e que o tempo arrumou
há poemas por quem vivi
e a loucura quase matou
Esquecidos ou guardados
nos sentidos da paisagem
os poemas abandonados
são apenas dúbia miragem
Um há que vive na saudade
do que ainda não aconteceu
o que mora nessa verdade
que o passado não prometeu
E se esse tempo é agora
não deixei nunca de ser
o mesmo pela vida fora
a ganhar mesmo a perder
Se o poema assim quiser
hei-de deixá-lo andar, correr
hei-de ser o que a vida me der
não deixarei nunca d'escrever
Por ti vivo em ti me sinto
minha droga meu absinto.
Durante algum tempo deixou a escrita de lado, tendo, em 2006, voltado a reencontrá-la, para nunca mais a deixar.
José Ilídio Torres é um homem versátil e inteligente que nos brinda com o que melhor possui – a forma única que tem de escrever. Seja em prosa ou em poesia, a sua escrita é facilmente reconhecida, tem a sua marca pessoal. Nesta história que hoje apresentamos está reflectida esta realidade, a sua realidade. É um romance, um policial, em prosa, mas aonde a poesia também tem um lugar vincado. Encontramos, por isso, todos os géneros literários que são familiares ao autor.
O Diário de Maria Cura é um romance sobre a vida de uma belíssima mulher, completamente liberal no que toca à sua vivência sexual, iniciada ainda muito jovem com a descoberta do seu corpo, experimentando os dois lados duma vida sexual activa. Uma mulher resolvida, apaixonada pela vida e pelo seu amor de infância.
Maria Silva, seu nome verdadeiro, é uma enfermeira sensual, provocante, sedutora, inteligente, tentando viver a vida ao máximo, sem tabus de espécie alguma. Foi mulher e rainha, fazendo dos homens seus servos numa alcova de luxúria e prazer. Sem nunca ceder o comando, mesmo nas alturas em que os homens achavam que o faziam. E aqui vamos chamar, de além-mar, uma nossa amiga, a Sandra Fonseca, psicóloga, e que nos descreve a personagem principal da seguinte forma:
«...Maria representa o "voo" mais livre de uma figura feminina. A nós, mulheres, esperam que sejamos doces, afáveis, e que o desejo, seja palavra proibida, senão aprisionada junto à lingerie, em gavetas de séculos de repressão. Bem, mas fosse ela, a Maria, figura real, e acaso cliente minha não teria ela como escapar do conflito interior ... não fosse pela expressão da perversão. O perverso edifica sua personalidade nesse limite mesmo da normalidade. Faz do outro seu objecto de prazer e jamais se submete a ser, do outro, esse objecto. Maria, se constitui, assim, a mulher da impossibilidade. Fálica ao extremo, desde sempre soube que as coisas do amor seriam para ela ou impossíveis ou tragicamente cortadas...»
Maria é assassinada, de forma misteriosa, na noite de Carnaval. Existem vários suspeitos e os inspectores da Polícia Judiciária tudo fazem para desvendar esse crime macabro. Ao longo de várias páginas, a curiosidade do leitor chega a picos extremos, já que o autor consegue manter o mistério até ao final do livro, criando um suspense e uma curiosidade bem delineados, fazendo-nos viver, durante a leitura, várias emoções e levando-nos a um final inesperado.
José Torres não deixa, da vida da Maria, nenhuma situação por explicar. E leva-nos, pela mão de Maria Cura, a encontrar, no livro, o site luso-poemas, que o levou a reencontrar-se com a escrita e que sente como a sua casa da escrita, o seu clube dos poetas vivos.
É nesse site que encontramos o utilizador Maria Cura e o seu Diário Erótico, que bastante furor causou na época da sua publicação. A ligação entre a vida real, no caso o site luso-poemas e a ficção, leva-nos a encontrar, no livro, algumas personagens bem conhecidas de todos os que o frequentam, como é o caso do saudoso Q14, do JSL, do Flávio Silver e, claro, de Valdevinoxis.
Este é um daqueles romances policiais que se lê e se recomenda a todos.
Texto da autoria de Lurdes Dias (Cleo), Vera Silva e Magda Pais (Pedra Filosofal)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Apresentação de Maria Cura em Montemor - IV Encontro do Luso
segunda-feira, 25 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Apresentação em Vila Verde de "Maria Cura"
Foi um momento emocionante para mim, como são todos aqueles em que apresento livros meus.
Rodeio-me de amigos e rodeiam-me os leitores de amizade.
Desta feita, Ilda Gomes encantou os presentes com a sua voz, Flávio Lopes dedilhou com a mestria habitual a guitarra, e António Paiva dissertou brilhantemente sobre o livro.
Agradeço com o coração a todos e à Câmara Municipal de Vila Verde, na pessoa do Bibliotecário Municipal, Dr. Tiago Lopes.
sábado, 2 de maio de 2009
Aos meus meninos
Sou professor de Educação física e treinador de futebol.
Treino há cerca de um ano um conjunto de alunos de uma academia de futebol, nascidos no ano de 2001.
Durante cerca de oito meses, esta equipa de garotos fantásticos, venceu todos os jogos que disputou da liga-mini organizada por um conjunto de 12 equipas.
Há cerca de um mês foi vencida pela primeira vez no torneio Distrital sport zone, entre três dezenas de equipas, nas meias finais do torneio de dois dias.
Foi uma tragédia. O que choraram aqueles pequenos heróis de sonho desfeito...
Disse-lhes que tinhamos crescido nesse dia.
Assim foi.
Amanhã, pelas 15 horas, no complexo Desportivo dos Sandinenses, disputam a final do seu escalão, do torneio Internacional Guimarães cup, depois de brilhantemente terem vencido o Sporting Clube de Portugal, o Vitória de Guimarães e o Esposende. Empataram com os "Galácticos", que defrontam amanhã na final.
Sonharei com a vitória junto convosco esta noite. E se perdermos, cresceremos ainda mais.
Bons sonhos meus meninos.
Nota: No dia 3 de Maio, defrontamos os Galácticos com quem tinhamos empatado na fase de grupos, vencendo por 8-6.
Vencemos o torneio. parabéns aos pais e aos meus alunos que foram fantásticos.
Treino há cerca de um ano um conjunto de alunos de uma academia de futebol, nascidos no ano de 2001.
Durante cerca de oito meses, esta equipa de garotos fantásticos, venceu todos os jogos que disputou da liga-mini organizada por um conjunto de 12 equipas.
Há cerca de um mês foi vencida pela primeira vez no torneio Distrital sport zone, entre três dezenas de equipas, nas meias finais do torneio de dois dias.
Foi uma tragédia. O que choraram aqueles pequenos heróis de sonho desfeito...
Disse-lhes que tinhamos crescido nesse dia.
Assim foi.
Amanhã, pelas 15 horas, no complexo Desportivo dos Sandinenses, disputam a final do seu escalão, do torneio Internacional Guimarães cup, depois de brilhantemente terem vencido o Sporting Clube de Portugal, o Vitória de Guimarães e o Esposende. Empataram com os "Galácticos", que defrontam amanhã na final.
Sonharei com a vitória junto convosco esta noite. E se perdermos, cresceremos ainda mais.
Bons sonhos meus meninos.
Nota: No dia 3 de Maio, defrontamos os Galácticos com quem tinhamos empatado na fase de grupos, vencendo por 8-6.
Vencemos o torneio. parabéns aos pais e aos meus alunos que foram fantásticos.
terça-feira, 21 de abril de 2009
"Diário de Maria Cura" - Livrarias onde pode ser adquirido
COIMBRA
Almedina Estádio Cidade Coimbra
Morada:Rua D. Manuel I, n.º 26 e 28
3030 - 320 Coimbra
Telefone:+351 239 406 266
Livraria Casa Castelo
Morada:
Rua da Sofia, 47/49
3000 – 309 Coimbra
Telefone:+351 239 853 306
ÉVORA
Intensidez Bibliocafé
Morada:
Rua Escrivão da Câmara, 10/10A
7000-524 Évora
Telefone:
+351 266 735 735
LISBOA
Almedina Atrium do Saldanha
Morada:Praça Duque de Saldanha, 1
1050 - 094 Lisboa
Telefone:+351 213 570 428
Livraria Barata
Morada:Avenida de Roma, nº11A
1049-047 Lisboa
Telefone:+351 21 842 83 50
Livraria Ler
Morada:Rua Almeida e Sousa, 24 – C
1350 – 011 Lisboa
Telefone:+351 213 888 371
Livraria Letra +
Morada:Rua Filipe Folque, 12 B
1050 – 113 Lisboa
Telefone:+351 213 522 034
MASSAMÁ – (Queluz)
Livraria Papelaria Modo
Morada:Rua Professor Dr. Sousa Martins 104 Loja
Massamá
Telefone:+351 214 393 278
PORTO
Almedina Arrábida Shopping
Morada:Praceta Henrique Moreira, 244
Afurada - 4400 – 475 V. N. Gaia
Telefone:+351 223 701 989
Fnac santa Catarina
(A partir de 15 de maio)
O livro pode também ser adquirido através do site da editora:
www.temas-originais.pt
ou por pedido para o meu mail:
joseilidiotorres@sapo.pt
Almedina Estádio Cidade Coimbra
Morada:Rua D. Manuel I, n.º 26 e 28
3030 - 320 Coimbra
Telefone:+351 239 406 266
Livraria Casa Castelo
Morada:
Rua da Sofia, 47/49
3000 – 309 Coimbra
Telefone:+351 239 853 306
ÉVORA
Intensidez Bibliocafé
Morada:
Rua Escrivão da Câmara, 10/10A
7000-524 Évora
Telefone:
+351 266 735 735
LISBOA
Almedina Atrium do Saldanha
Morada:Praça Duque de Saldanha, 1
1050 - 094 Lisboa
Telefone:+351 213 570 428
Livraria Barata
Morada:Avenida de Roma, nº11A
1049-047 Lisboa
Telefone:+351 21 842 83 50
Livraria Ler
Morada:Rua Almeida e Sousa, 24 – C
1350 – 011 Lisboa
Telefone:+351 213 888 371
Livraria Letra +
Morada:Rua Filipe Folque, 12 B
1050 – 113 Lisboa
Telefone:+351 213 522 034
MASSAMÁ – (Queluz)
Livraria Papelaria Modo
Morada:Rua Professor Dr. Sousa Martins 104 Loja
Massamá
Telefone:+351 214 393 278
PORTO
Almedina Arrábida Shopping
Morada:Praceta Henrique Moreira, 244
Afurada - 4400 – 475 V. N. Gaia
Telefone:+351 223 701 989
Fnac santa Catarina
(A partir de 15 de maio)
O livro pode também ser adquirido através do site da editora:
www.temas-originais.pt
ou por pedido para o meu mail:
joseilidiotorres@sapo.pt
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Dia 18 de Abril no Gato Escaldado
No próximo dia 18 de Abril, no Bar Gato Escaldado, em Braga (localização em anexo), direi poemas dedicados à mulher e ao amor, seja isso coisa possível de ser feita por palavras.
A homenagem estende-se à protagonista do meu último romance: Maria Cura.
Assinarei os livros que queiram fazer o favor de adquirir, da editora Temas Originais, cuja pré-apresentação está marcada para a Biblioteca Municipal de Vila Verde, no dia 30 de Abril.
Um abraço e até lá.
Localização:
O primeiro ponto de referência é a MAKRO , ( na rotunda com palmeiras onde se encontra a CGD e o Santander, visualizamos um reclame vermelho que diz Restaurante), segue-se no sentido deste e vira-se na 1ª à esqª onde se avista um quiosque branco do lado dtº e o Banco Barclays, depois vira-se na 2ª. rua novamente à esqª seguindo até ao fim desta, passando por uma passadeira com lomba, vamos ficar com um prédio em frente onde se pode ver um reclame amarelo no primeiro andar a dizer "Gato Escaldado Bar"
sábado, 11 de abril de 2009
"Diário de Maria Cura" - Sinopse
Uma bela mulher é assassinada na noite de Carnaval. A polícia, na procura de pistas que levem ao criminoso, depara-se com um diário num site de escrita chamado Luso-Poemas, onde a falecida retrata sobre a identidade de Maria Cura uma série de relacionamentos que mantém.
Há uma pergunta sem resposta no ar:
Quem matou Maria Cura?
José Torres, em parceria com a Temas Originais, edita «Diário de Maria Cura», e convida todos os leitores e amigos a estarem presentes nos diversos momentos que o autor prevê realizar de norte a sul do país.
Agenda:
18 de Abril – Sessão de Poesia no Gato Escaldado Bar em Braga, com declamação de poemas dedicados á mulher e ao amor.
Sessão de autógrafos do livro.
30 de Abril
Pré apresentação na Biblioteca Municipal de Vila Verde (Braga), com vários convidados e momentos musicais.
Maio
Apresentações do livro no Porto, em Coimbra e Lisboa, em locais a confirmar brevemente.
10 de Junho
Apresentação na Feira do Livro de Barcelos
A partir de 12 de Junho
Apresentação na Feira do Livro de Viana do Castelo.
Outras presenças em Feiras do Livro estão a ser preparadas.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
"Diário de Maria Cura"
sexta-feira, 3 de abril de 2009
António Paiva em novo livro
O Gigante
Acenei para o Gigante quando saí da aldeia a caminho do mar, e fiquei com a sensação de que a sua mão levantada quis dizer algo mais que Bom Dia. Talvez tivesse perdido o ensejo de me cravar uma cerveja, apesar de ser só início da manhã, ou quiçá apenas um cigarro…
Apesar disso, rapidamente me esqueci da sua figura de metro e cinquenta de altura e quarenta e tal quilos de peso, numa roupa larga.
Cheguei conduzido por pensamentos aflitos, por isso quase não me lembro da viagem, muito menos da paisagem do caminho, que essa, já fiz tantas vezes quantas as vezes em que a atracção do mar falou mais alto dentro de mim.
Quando me vi estava no meio das gentes sem as avistar, e guiava-me por gritos de gaivota que não estou certo ter ouvido de facto.
Vesti os olhos na suave neblina e vi o farol da foz pelo som rouco de aviso que logo depois parou.
Parecia um encontro de namorados. Eu levava na mão o desejo louco de afagar a face morena da areia, de me perder no beijo meigo das águas, e de morrer por esse amor.
O rio recuou quando cheguei, penso que até antes, enciumado.
Do mar vinha a corrente salgada a rumar no sentido contrário da minha viagem, que afinal foi ponto de partida, abraçando o corpo de dunas.
Sempre fico nos lugares de onde parto, mesmo quando me procuro. A minha vida é um eterno retorno, do qual eu próprio sou farol.
É de mim que me avisto para o outro, e sou irremediavelmente uma conjugação presente de todos os tempos.
E tenho medo às vezes. Tanto que me disfarço de tudo o que sou de facto só para que isso não me aborreça, para que o tédio não me provoque arteriosclerose nos olhos por onde me avisto.
Passeei nas margens da memória, por entre musgo e patos bravos e não toquei sequer o chão. A leveza daquele mar amado, a ele sempre retornado, fazia de cada pequeno momento uma eternidade. De sol quente sobre os ombros, sacudindo poemas cravados nas costas, desaguei.
Devo ter regressado na maré-alta ao cruzamento de onde avistei pela manhã o Gigante, qual Adamastor de metro e meio afagando-me num atrasado cumprimento.
Encontrei-o no café de sempre, a jogar dominó com o vento.
Juro que da sua mão vi sair gaivotas, quando mais tarde, antes ainda de me pedir uma cerveja, abraçando-me nos olhos me disse que eu estava com problemas na vida, e que se precisasse dele estaria presente como um amigo.
E tentou explicar-me porquê, mas não precisou, porque eu já voava em bando com a minha verdade, desafiando a liberdade com a asa.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Noite de poesia no Gato Escaldado
Uma noite muito especial. Amigos que seguem aquilo que escrevo, desconhecidos. Durante duas horas, com intervalo para beber um copo e fumar umas cigarradas.
Flávio à guitarra.
Silvério, Jaber, Armindo Cerqueira, JSL, Helena e José Torres na voz.
O dinamizador do espaço é o artista plástico Luís Ramos, que é pai do Paulo, o mentor.
Grande abraço a todos. Voltaremos.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Dia 12 de Março no Gato Escaldado - Bar
No próximo dia 12 de Março, a partir das 22 horas, estarei no Bar "Gato Escaldado" em Braga para dizer poesia minha e de outros amigos e falar dos meus livros.
Convidei o Flávio Lopes para me acompanhar à guitarra e alguns dizeurs meus conhecidos.
Convido todos os poetas e amigos a deslocarem-se até este simpático espaço, que fica próximo da Makro.(ver link)
O espaço é muito interessante, e o convite surgiu do artista plástico Luís Ramos, depois de tomar contacto com aquilo que escrevo.
De há uns tempos a esta parte assumi plenamente a vertente de recitador, e tenho tido imenso prazer em fazê-lo.
Desde já agradeço a vossa visita e participação.
http://www.gatoescaldadobar.com/
domingo, 15 de fevereiro de 2009
A morte olhou-me hoje no rosto
"O teu sorriso viverá em nós para sempre"
A morte olhou-me hoje no rosto. De soslaio numa curva discreta.
Vinha ao volante da incúria e tinha borbulhas na face. Ainda sinto na pele o seu hálito a mentol, o seu perverso beijo.
Trago-a nos olhos desde a manhã de hoje, mas já não tem expressões, nem traços, nem rosto nem face, a morte que vive agora dentro de mim. Só uns olhos morenos que me espreitam na curva apertada do meu ser. A eternidade de um momento vivido.
É assim que se morre, agora sei.
Amanhã não existe nunca. Assassinaram a esperança num bairro do Porto.
No Aleixo a saltar ao eixo, meu amigo de lata, meu pobre amigo da desgraça, morreu só.
Chamava-se outra vez Luís, mais uma vez Luís, o meu amigo que partiu sem me avisar.
Estou ainda a boiar nesse tanque de desassossego por ti.
Drogar-me-ei de saudade até ao fim dos meus dias, até me secarem as veias de ódio a quem te ceifou a juventude, até a consumir toda.
Chamava-se Luís, outra vez Luís, mais uma vez Luís, o meu amigo que a morte levou. A morte que hoje me olhou, a saltar ao eixo na curva pronunciada da minha demora.
No rosto as lágrimas rasgam-me a carne como punhais.
Não sei porque razão afinada, aqui ao meu lado, Beatriz canta uma canção que aprendeu na escola.
Sigo na melodia para uma página em branco, disposto a dizer à vida que a amo, apesar de conhecer a morte por dentro, e seja isso a primeira das últimas coisas que hoje farei.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Tenho um capeta numa garrafa guardado
Foto: qdivertido.com.br
Latem cães na madrugada anunciando o dia.
Há homens acocorados vigilantes.
São os últimos pioneiros da covardia.
Uivam como lobos, matam os cordeiros.
Acordados no passado de todos os instantes
Dos últimos homens, os primeiros
Untam-se em mesquinhos pensamentos
Futuristas acabados e delirantes
Falsos médicos e seus fatais unguentos
Alguns reclamam até magistratura
Filhos bastardos de Reis, os Infantes
Em coisas de leis e até em literatura
É preciso cuidado ao dobrar da esquina
Montam esperas e tocam concertina
Os chacais das terras mais distantes
Sua música é letal de tão fina
Sua canção de ódio não desafina
É morte anunciada no leito dos amantes
Tenho um destes numa garrafa guardado
É capeta convencido, arrogante e malcriado
Dança samba e canta até o fado
Mas já não o faz como antes fazia
Estou a pensar rifá-lo
Numa feira como velharia
Alguém quer comprá-lo?
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