
Ando metido com a prosa
E já não apareço à poesia!
Queixa-se uma de mim sincopada
Mas logo a outra se regozija amada
-Digo a uma que nunca a esqueceria!
Mas a outra que tudo ouve em prosa
Faz-me crer que nem a conhecia
E escrever para a mais jeitosa...
Ando metido com a prosa
E já não apareço à poesia
Vivo em casa da mais matreira
E da relação já tenho filhos
Alguns contos e uma novela
E com a que é agora primeira
Já não piso embriagado os trilhos
Que pisava com a poesia antes dela.
Enciumada a oficial, com ronha
Lembra-me que foi amor primeiro
Que com ela a virgindade perdi
Mas o que perdi foi a vergonha
Com que me dou na prosa por inteiro
Como fazer então compreender a uma
Que não existo sem a outra?
Como dizer isto com uma certa ética
Se não for numa bela prosa-poética?
Tenho esperança que a minha escrita
Inclua sempre a ambas nesta via
Porque se ando metido com a prosa
Também hoje aqui o fiz em poesia.
Editado em www. Luso-poemas.net
em 27/01/2008
E já não apareço à poesia!
Queixa-se uma de mim sincopada
Mas logo a outra se regozija amada
-Digo a uma que nunca a esqueceria!
Mas a outra que tudo ouve em prosa
Faz-me crer que nem a conhecia
E escrever para a mais jeitosa...
Ando metido com a prosa
E já não apareço à poesia
Vivo em casa da mais matreira
E da relação já tenho filhos
Alguns contos e uma novela
E com a que é agora primeira
Já não piso embriagado os trilhos
Que pisava com a poesia antes dela.
Enciumada a oficial, com ronha
Lembra-me que foi amor primeiro
Que com ela a virgindade perdi
Mas o que perdi foi a vergonha
Com que me dou na prosa por inteiro
Como fazer então compreender a uma
Que não existo sem a outra?
Como dizer isto com uma certa ética
Se não for numa bela prosa-poética?
Tenho esperança que a minha escrita
Inclua sempre a ambas nesta via
Porque se ando metido com a prosa
Também hoje aqui o fiz em poesia.
Editado em www. Luso-poemas.net
em 27/01/2008